<b>Williamson</b> IV – Vantagens das organizações face aos mercados

Assim, segundo Williamson, quando estão envolvidos investimentos em activos específicos, dada a incerteza inerente aos contratos e dada a hipótese sobre o oportunismo dos agentes, as transacções realizadas através do mercado acarretam vários tipos de ineficiência económica: (i) as negociações são mais difíceis e as renegociações mais frequentes; (ii) os agentes são incentivados a realizar investimentos que melhoram a sua posição ‘ex-post’ (para não saírem muito prejudicados em caso de quebra de contrato), independentemente dos benefícios desses investimentos para as transacções em causa; (iii) desincentivam-se os investimentos em activos específicos (com prejuízos em termos de eficiência das transacções em causa) pois os agentes envolvidos receiam ser expropriados pela outra parte na eventualidade de uma renegociação; (iv) deterioram-se as condições de confiança entre as partes (aumentando ainda mais os custos contratuais e impedindo a partilha de informação e conhecimentos).

Williamson conclui então que quando os custos das transacções feitas através do mercado são muito elevados, a integração das actividades numa única organização apresenta vantagens claras face à integração através dos mercados. Tais vantagens incluem: (a) o facto de as estruturas de governança existentes nas empresas – nomeadamente, os mecanismos de resolução de conflitos e de partilha de informação – tenderem a ser mais poderosas do que os proporcionados pelo funcionamento dos mercados; (b) a existência de relações duradouras, com transacções repetidas, as quais criam incentivos ao fomento da confiança.

(Continua.)


View the original article here


This post was made using the Auto Blogging Software from WebMagnates.org This line will not appear when posts are made after activating the software to full version.